O período barroco
O capitólio político passou a ser Madrid, tendo Portugal perdido, além do seu foco político, a importância do foco cultural. No século que se seguiu (século XVII), a influência predominante passou a ser a espanhola que se tornou marcante na cultura portuguesa e durante este mesmo período, brotam aos olhos da Espanha uma riquíssima geração de escritores, como Gôngora, Quevedo, Miguel de Cervantes, Félix Lope de Vega e Calderón de la Barca além de muitos outros.Em 1640, Portugal inicia a empreitada na reconquista da posição no cenário europeu, libertando-se do domínio espanhol, após D. João IV, da dinastia de Bragança, subir ao trono. Até 1668, muitas lutas ocorreram, contra a Espanha, na defesa da independência e contra os holandeses, em busca de recuperar as colônias da África Ocidental e parte do Brasil.Este foi um período de intensa agitação social, com esforços permanentes em busca do restabelecimento da vida econômica, política e cultural. Publicaram-se várias obras panfletárias clandestinas, que denotavam posição contrária a corrupção do Estado e a exploração do povo. A mais famosa e significativa é a Arte de Furtar, cuja autoria está atribuída desde 1941 ao Padre Manuel da Costa e é hoje praticamente incontestada (vide a indispensável edição crítica da obra por Roger Bismut, Imprensa Nacional, 1991).Marquês de Pombal, ministro do rei Dom José, subiu ao poder em 1750, com propostas renovadoras, que inauguraram uma nova fase na história cultural portuguesa. Em 1756, a Arcádia Lusitana demarcou o início de novas concepções literárias.No Brasil, o período foi marcado por novas diretrizes na política de colonização, e estabeleceram-se engenhos de cana-de-açúcar na Bahia. Salvador, como capital do Brasil, transformou-se em um núcleo populacional importante, e como consequência, um centro cultural que, mesmo timidamente, fez surgir grandes figuras, como Gregório de Matos. O Barroco Brasileiro teve início em 1601, tendo como obra significativa, Prosopopéia, de Bento Teixeira, terminando com as obras de Cláudio Manuel da Costa, em 1768, uma introdução ao Neoclassicismo.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
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